Câmara de Vereadores de Guaíba
Câmara Municipal de Guaíba
Estado do Rio Grande do Sul

PROPOSIÇÃO N.º 146/2019 ESPÉCIE: Requerimento

Proponente: Partido: Sessão:
Ver.ª Claudinha Jardim DEM 23/04/2019

A Vereadora que este subscreve, requer à Mesa Diretora a concessão de uma Homenagem, por meio de uma Sessão Solene e entrega de placa alusiva ao Jornal Guaíba pelos 50 anos de funcionamento e pelos bons serviços prestados a comunidade do Município de Guaíba.

      

Justificativa

 A presente homenagem é fruto do reconhecimento desta Casa Legislativa em valorizar todo o empenho do Jornal o Guaíba em contar a história do nosso Município.

Conforme Carmem Blaskoski: “No final de 1963 Antônio Blaskoski , reunindo-se com os amigos no antigo Clube do Comércio, hoje Guaibinha.  Nas conversas todos manifestavam o desejo de que a cidade possuísse um jornal.  A ideia o agradou, mesmo conhecendo as dificuldades que enfrentaria. E um grupo de jovens idealistas participavam Delmar Bartolomeu Heller, Janito Costa da Silva, Marco Aurélio  Qualisoni, Marco Antônio Riegel.  Com sua experiência, Blaskoski traçou os passos a seguir, o grupo escolheu o dia primeiro de maio para o lançamento da primeira edição do Periódico que se chamaria JORNAL O GUAIBA.  A primeira  edição acabou circulando em Novembro de 1964.

Sabendo como seria trabalhoso montar os textos manualmente, tipo a tipo, Antônio decidiu mandar compô-los em linotipia em Porto Alegre. Seu cunhado tinha uma empresa de linotipia, a Coin e Colombo, e ofereceu o trabalho a preços convidativos. Então os textos e reportagens grandes foram levados para composição na capital. Em Guaíba, na tipografia, foram feitos os anúncios e pequenas notas. O Jornal estava planejado para circular com 200 exemplares tamanho tablóide. No entanto, o vendedor dos anúncios prestou contas de apenas uma parte do dinheiro, o que não cobriria o custo da edição naquele tamanho. Para não quebrar a palavra empenhada aos anunciantes e não decepcionar os colaboradores, ele decidiu pela impressão em tablete – duplo ofício- mas o jornal circulou normalmente.

Passado os anos em 1969 ao entender que seria impossível continuar imprimindo o jornal, sem o apoio dos anunciantes, Blaskoski manteve o sonho, e sempre em contato com o grupo de jovens idealistas que o acompanharam na primeira etapa. Decidiu conversar com o então prefeito João Salvador Jardim. Dr. João, homem de visão e atitude rápidas e positivas, apoiou o renascimento do jornal.

Blaskoski então conseguiu a adesão da recém formada jornalista Bernadete de Souza, e tratou de formar uma equipe de colaboradores; DELMAR HELLER, JANITO COSTA, MARCO ANTONIO RIEGEL, MARCO AURELIO QUALISONI, entre outros que toparam a ideia e assim colaborando de alguma forma, seja escrevendo colunas, trazendo informações da forma que podiam. 

A redação funcionava na oficina de artes gráficas, onde Blaskoski ensinava artes tipográficas e os alunos participavam da confecção de textos com o uso de tipos móveis usados na tipografia.

O apoio da prefeitura consistia em levar os textos maiores e fotos para a Linotipia Coin em Porto Alegre. A cedência do veiculo pelo prefeito evitava o transporte a mão dos blocos em que se transformavam os textos escritos por Bernadete e os colaboradores, que digitavam em máquinas de escrever.

O retorno de O GUAIBA foi muito bem aceito por toda a população, os anunciantes viram que a idéia tinha consistência e passaram a apoiar anunciando seus produtos.

A data escolhida foi o 1° de Maio de 1969, data emblemática, o dia do trabalho, representando que chegava a Guaíba mais um trabalhador, que iria juntar-se aos demais buscando sempre o crescimento da Cidade.

Ligado na notícia, aos poucos Blaskoski modernizou graficamente o jornal, comprou máquinas composer usada e fazia os “fotolitos”, que eram enviados a Cidade de Estrela, onde eram feitas as chapas que voltavam para Guaíba, onde o empresário já havia adquirido uma impressora automática. Todas as semanas, a circulação estava garantida, hoje impresso por terceiros.

Blaskoski faleceu em 2013, mas deixou seu legado A esposa Carmem, e as filhas Cecília (Jornalista, Editora e Diretora) e Amanda (Designer gráfico e Diretora Administrativa).

A tarefa de contar a história da Cidade continua”, complementou Carmem Blaskoski.

Para tanto, conto com os pares da casa para aprovação desta propositura.



O Documento ainda não recebeu assinaturas digitais no padrão ICP-Brasil.
Assinatura do Proponente:
     
    Tramitação:
________________________________    
Assessor de Bancada    
    Aprovado na Ata n.º
Aceita pela Mesa Diretora em:   Transmitido Via Ofício nº.
     
     
________________________________   ________________________________
Secretário   Presidente
Documento publicado digitalmente por em 16/04/2019 ás 12:41:44.
Chave MD5 para verificação de integridade desta publicação 00e5c35e170534add7eed96087286a6d.
A autenticidade deste poderá ser verificada em https://www.camaraguaiba.rs.gov.br/autenticidade, mediante código 67248.