Câmara de Vereadores de Guaíba
Câmara Municipal de Guaíba
Estado do Rio Grande do Sul

PROPOSIÇÃO N.º 075/2015 ESPÉCIE: Projeto de Lei do Legislativo

Proponente: Partido: Sessão:
Ver.ª Paula Almeida PSD 25/08/2015

O presente projeto tem o propósito de denominar a academia ao ar livre localizada no Parque do Ginásio Coelhão de “Luis Carlos Machado – Escurinho”.

Escurinho, o Luis Carlos Machado, grande cabeçeador do Inter e Palmeiras nos anos 70 e 80, faleceu em 27 de setembro de 2011 no Hospital de Clínicas de Porto Alegre, vítima de uma parada cardíaca. Ele morava na cidade de Guaíba, no Rio Grande do Sul, onde viveu até o fim de sua vida. Foi responsável pela iniciação esportiva de muitos guaibenses.

Escurinho começou a carreira em 1970, no Internacional de Porto Alegre-RS, onde ficou até 1977. Em 2009, passou por um momento triste e delicado. Em abril, justamente no mês em que o seu amado Internacional comemorou seu centenário, o ex-atacante teve de amputar parte de sua perna direita devido a complicações decorrentes de diabetes.  Em 2011, o mesmo problema, desta vez na perna esquerda, levou a mais uma amputação. O ex-atacante do Inter teve que amputar seu membro inferior até a região do joelho.

Em sua passagem pelo Palmeiras, de 1978 a 1979, Escurinho atuou em 53 partidas (25 vitórias, 17 empates, 11 derrotas) e marcou 15 gols. Conseguiu com a camisa verde apenas o vice-campeonato brasileiro de 1978. Após sua saída do Palmeiras, o atacante passou pelo Coritiba (1980), Barcelona do Equador (1980/81), Vitória-BA (1981), Francana-SP (1982), Bragantino-SP (1983), CSA-AL (1984), Caxias-RS (1985), La Serena do Chile (1986) e Avenida de Santa Cruz-RS (1986), onde encerrou a carreira.

Seus principais títulos como jogador foram os sete campeonatos gaúchos pelo Internacional (1970/71/72/73/74/75/76), os dois brasileiros (1975/76), também pelo Internacional, e o equatoriano (1980) pelo Barcelona de Guaiaquil.

Escurinho participou de um lance inesquecível para a torcida colorada em 1976, diante do Atlético-MG no Beira-Rio, tabelando de cabeça com Falcão até o complemento deste para o fundo do gol do goleiro argentino Ortiz.

Escurinho entrou para a história como um dos maiores cabeceadores do futebol brasileiro e atravessou os anos 70 conquistando títulos com o Inter de Falcão, Carpegiani, Figueroa, Manga, Batista, Jair, Dino Sani e Rubens Minelli. Fez parte de uma das primeiras gerações do Estádio Beira-Rio e jogou em um histórico período de 1970 a 1977.

É autor de 107 gols em 325 jogos pelo Inter, mais da metade deles feitos de cabeça, sua especialidade.

A figura simpática de Escurinho não o fazia um jogador submisso e desinformado. Com personalidade inquieta, Escurinho viveu os anos 70 como uma espécie de jogador que reivindicava seus direitos e acalentava outros projetos de vida. Não se considerava apenas um homem de futebol. Desde adolescente aprendera a tocar violão e a compor sambas com os quais chegou a gravar um antigo compacto duplo. Com a imagem ligada ao samba chegou a ser carimbado no meio do futebol como boêmio. Mas Escurinho era apenas ele próprio: uma pessoa ligada aos três filhos e à família e que gostava de conviver .

 Por todo o exposto é que apresentamos tal propositura a análise dos Nobres Edis.

  



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